Poupança

Estamos a poupar mais, mas continua a não ser suficiente

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Jul 19, 2021

Uma das grandes virtudes do ser humano enquanto espécie é a sua capacidade de adaptação, o que lhe permitiu sobreviver e prosperar, mesmo que as condições do seu ambiente se alterem de forma radical. Por isso, não é de estranhar que, diante da incerteza e das mudanças geradas pela pandemia, estejamos a alterar os nossos comportamentos e a rever as nossas prioridades em diversos âmbitos.

Relativamente à poupança

A nível económico, durante a pandemia, a poupança média anual das famílias aumentou quase até alcançar 15% dos rendimentos disponíveis (chegando mesmo a aproximar-se e a ultrapassar cerca de 20% durante alguns trimestres). Se compararmos com anos anteriores, em 2019, a poupança das famílias representou apenas uns exíguos 5,6% dos rendimentos disponíveis.

Luís Viceira, professor de Gestão de Investimentos na Harvard Business School, mencionou a difícil situação atual para as pessoas que poupam. A escassa procura e o poder de aquisição limitado, marcados pelo reduzido crescimento dos salários e do emprego, são alguns dos fatores que desincentivam a poupança, observou este especialista. No entanto, aumentar a poupança é de uma grande importância, sobretudo pensando no futuro que nos aguarda após a reforma. «Não é razoável pensar que, ajustado pela inflação, o nível de pensões que o sistema de Segurança Social promete vá ser o mesmo dentro de trinta anos», refletiu.

Também se tornou evidente a necessidade de as entidades seguradoras e aquelas que oferecem produtos financeiros de poupança que adaptem a sua oferta às necessidades da sociedade. Para assim poderem disponibilizar soluções que incentivem a poupança e que evitem situações de precariedade económica.

Ferramentas para melhorar a saúde financeira

Os especialistas não deixaram de destacar a importância de fomentar a poupança através de formação e de informação para evitar a redução do nível de poupança das famílias.