Poupança

A importância de aprender a poupar desde criança

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Feb 26, 2021

Enquanto a educação financeira não for trabalhada de um modo mais estruturado no âmbito educacional, os pais têm a responsabilidade direta de ensinar aos seus filhos o valor do dinheiro, bem como a adoção de boas práticas de gastar e poupar.
 
Atualmente, a família é a principal fonte de educação financeira dos mais pequenos. E tal como em qualquer outro aspeto da vida, o melhor é ensinar pelo exemplo. Sem complicações: estamos a falar de noções básicas relacionadas com o dinheiro e a sua utilização. Estes ensinamentos ser-lhes-ão bastante úteis quando chegar o momento de terem de gerir a sua economia, quando forem pessoas independentes e tiverem que gerir os seus próprios rendimentos.

Fale de dinheiro com naturalidade:

Não há que temer clarificar aspetos do dinheiro às crianças. Deve fazê-lo sempre numa linguagem adaptada à idade delas. Sem necessidade de entrar em grandes detalhes, as crianças devem ter uma noção da sua situação económica geral e ser sincero relativamente às despesas que se adequam à sua economia e as que não.

De onde vem o dinheiro?:

Explique-lhes como se obtém o dinheiro, a partir do esforço e das horas de trabalho dos pais ao longo de cada mês. Devem ter consciência do quanto custa ganhá-lo e da rapidez com que este pode desaparecer, se não planificar muito bem as suas finanças. As crianças podem acreditar que o dinheiro é ilimitado e não ponderarem o assunto relativamente aos gastos.

O valor das moedas e das notas:

Pode mostrar-lhes, através de jogos, as diferenças de valor das moedas e das notas. Também deve fazê-los perceber que o que se paga com cartão continua a ser o dinheiro que guardámos anteriormente no banco. Quando são pequenas, as crianças podem convencer-se de que o dinheiro que levantamos no Multibanco surge como por magia e que nunca tem fim.

As vantagens de uma mesada:

Seja semanal ou mensal, servirá para elas organizarem a sua economia: aprenderem o que podem comprar com o dinheiro de que dispõem e que quando este acabar, não terão mais até à mesada seguinte. Isto significa que, se optarem por gastá-lo numa coisa, estarão a renunciar a outra. Podemos ajudá-las a criar um orçamento básico a partir dessa mesada e analisá-la com eles no final do mês. Não se trata de ser inflexível, mas de lhes transmitir a importância de planificar.

Despesas necessárias versus prescindíveis:

São conceitos difíceis de transmitir às crianças, que são naturalmente mais impulsivas, mas que também são fundamentais. É preciso andar calçado para se caminhar na rua – uma despesa necessária – mas para andar confortável, arranjado e bem calçado não é necessário que as sapatilhas sejam as mais caras da loja – despesa prescindível.

O hábito da poupança:

Faça-lhes ver – e mostre-lhes pelo exemplo – as vantagens da poupança. Pode ser útil estabelecer-lhes um objetivo que as motive, comprar um brinquedo ou uma refeição no restaurante preferido delas, por exemplo. Para o tornar mais tangível, pode utilizar uma caixa transparente para irem guardando o dinheiro poupado e colar nela uma fotografia do objetivo da poupança. Desse modo, por um lado, verão crescer as suas poupanças e por outro, terão presente o objetivo pelo qual o estão a guardar.