- Crédito ao consumo deverá crescer 3% ao ano até 2026 em Portugal, segundo uma estimativa da empresa de pesquisa IMR para a MetLife.
- Entre 2013 e 2022, o valor médio por contrato de crédito ao consumo subiu 62,7%, passando de 2.960€ para 4.816€
- Portugueses entre os 18 e os 30 anos representam 23% do crédito automóvel e dos cartões de crédito.
- Cartões de crédito integram pacotes de seguros e outros serviços associados, incluindo seguros de proteção do financiamento, de acidentes pessoais, de doença, entre outros.
A companhia de seguros de Vida e Acidentes Pessoais MetLife desenvolveu um estudo com o IMR – Instituto de Marketing Research, sobre o mercado de financiamento ao consumo em Portugal, abarcando aspetos críticos como a evolução desse segmento desde a crise financeira de 2010-2013, o perfil de clientes e a integração de seguros como complemento aos financiamentos.
De acordo com o estudo do IMR em parceria com a MetLife, a evolução do crédito ao consumo deverá registar uma variação média anual de 3% até 2026[1], o que se reflete numa variação de 9,4% no triénio, admitindo um cenário de redução das taxas médias de juro de 0,2pp em cada ano. Refira-se que, em 2023, Portugal registou um recorde de 7.654 milhões de euros em crédito ao consumo, o valor mais alto desde o início da série, em 2012.
O estudo revela ainda que o consumo de bens duradouros – bens com vida útil superior a um ano - é, por inerência, o principal território de contratação de crédito ao consumo. Em 2012, os dois valores eram próximos, o que indiciava uma elevada taxa de endividamento das famílias. Nesse ano, o crédito ao consumo superou os 5,5 mil milhões de euros, enquanto o consumo de bens duradouros se situava pouco acima de 7 mil milhões de euros (preços correntes).
No entanto, nos últimos 10 anos, o consumo recuperou 90%, enquanto o crédito ao consumo cresceu 67%. Em 2022, o consumo de bens duradouros ficou acima dos 13,7 mil milhões de euros, enquanto o crédito ao consumo ascendeu a 7,6 milhões de euros. Apesar deste crescimento mais lento, entre 2013 e 2022, o valor médio por contrato de crédito ao consumo subiu 62,7%, passando de 2.960€ para 4.816€.
Na análise por segmento, o estudo revela que o crédito pessoal tem vindo a ganhar peso quer em número de novos contratos (+7,2pp face a 2012), quer em montante de novos contratos (+4pp face a 2012). Em 2023, o crédito pessoal registou em média cerca de 292 milhões de euros concedidos mensalmente, correspondendo a um valor médio por crédito de 6.752€. Em volume, o crédito pessoal representa 45,5% do montante total anual de crédito ao consumo, o crédito automóvel 37,4% e os cartões de crédito 17,1%.
Já no que se refere ao perfil dos clientes de crédito ao consumo[2], o estudo revela que existe um equilíbrio entre géneros na contratação, havendo apenas maior incidência do género masculino no crédito automóvel (56% vs 44%).
A análise por idades, revela que 50% do crédito ao consumo está concentrado, em partes iguais, nos segmentos etários entre os 31-40 anos e 41-50 anos. Nota também para o segmento de 18-30 anos que representa 23% do crédito automóvel e dos cartões de crédito.
Quanto ao recurso ao pagamento em parcelas[3], mais de 40% dos portugueses recorrem a esta modalidade, como forma de evitar usar as poupanças ou ficar a descoberto. Refira-se que, em 2023, seis em cada dez portugueses tiveram de renunciar a tempos livres ou férias, por falta de meios financeiros.
Seguros integrados são uma tendência crescente no financiamento
O estudo ainda revela que cada vez mais cartões de crédito e outras opções de financiamento integram pacotes de seguros e outros serviços associados. Entre os mais comuns encontram-se os seguros de proteção ao crédito, coberturas de roubo de dinheiro em ATM, seguro de Doença, seguro de Acidentes Pessoais, seguro de Viagem, entre outros.
Esta integração da cobertura de riscos no crédito ao consumo, os chamados seguros integrados, é uma forma conveniente e económica de assegurar a proteção do estilo de vida dos consumidores que, face a uma situação imprevista de dificuldade, não tenham de abdicar de um determinado serviço ou produto. São seguros que se caracterizam pela rapidez e acessibilidade na contratação por parte dos consumidores, e, na maioria dos casos, com preços competitivos.
Em 2023, a MetLife registou um crescimento acima dos 20% nos seguros de proteção de pagamentos. Trata-se de produtos que asseguram que os consumidores possam ter as suas faturas ou créditos pagos em caso de desemprego involuntário, incapacidade total temporária ou hospitalização, entre outros imprevistos.
[1] Fonte: MetLife “Mercado de financiamento ao consumo em Portugal”. Estimativa IMR de acordo com informação qualitativa recolhida
[2] Fonte: Barómetro Oney (2022)
[3] Fonte: Observador Cetelem (2023)
Sobre a MetLife
A MetLife, Inc. (NYSE: MET), através das suas subsidiárias e afiliadas (“MetLife”), é uma das companhias de seguros de vida e acidentes pessoais e serviços financeiros líderes a nível mundial, disponibilizando seguros de vida e seguros de acidentes pessoais, pensões, benefícios para funcionários e gestão de ativos para ajudar os clientes particulares e institucionais a construir um futuro mais seguro. Fundada em 1868, a MetLife opera em mais de 40 mercados a nível global e mantém posições de liderança nos Estados Unidos, Japão, América Latina, Ásia, Europa e Médio Oriente. Para mais informações, visite www.metlife.pt.
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