Durante a crise. que levou a Troika ao nosso país, o déficit público e o desemprego aumentaram drasticamente. Mas Portugal é agora considerado “Um exemplo de um país onde a crise originou uma boa resposta, incluindo reformas estruturais, e o país está agora em posição de aproveitar a forte recuperação económica na Europa e ter um bom crescimento económico”, segundo Paul Thomsen1, diretor do departamento europeu do FMI.
Não há dúvida de que a crise mudou os comportamentos de consumo e de gastos; os portugueses mudaram os seus hábitos e tiveram que adaptar-se à situação atual. A população adotou comportamentos que permitiram poupar centenas de euros ao fim do ano, como por exemplo procurar tarifários de telemóvel mais baratos, comparar preços no supermercado e consumir mais produtos de marcas brancas, estar mais atentos ao IMI, IRS e benefícios fiscais, renegociar seguros e procurar promoções em todos os sectores. Resumindo, a crise obrigou a sociedade portuguesa a pensar de forma mais meticulosa e inteligente em como gere o seu dinheiro.
Agora em 2018, considerados o único país a sair da crise com menos desigualdade do que tínhamos antes, será que continuamos a aplicar os hábitos de poupança que nos vimos obrigados a adotar em 2008?
De acordo com um estudo sobre a literacia financeira publicado este mês2, levado a cabo pela Cetelem, houve uma diminuição de aproximadamente 20% na quantidade de portugueses que dizem sentir dificuldades em pagar as suas despesas, em comparação com o ano passado.
Um estudo realizado em 20173 indica que apenas 7% da população respondeu correctamente a cinco perguntas básicas sobre literacia financeira. Indicando assim, que ainda existe uma grande lacuna no que toca à literacia financeira. Ainda assim, hoje em dia, a maior parte dos inquiridos dizem ter menos dificuldades em pagar despesas “extras” por maior controle das despesas e mais capacidade de gastar. A nível global existe uma maior confiança por parte dos portugueses, contribuindo, assim, para estarmos mais preparados para encarar despesas extras.
Cerca de 80% dos portugueses dizem que pagam todos os seus encargos financeiros antes da data ou até à data e 68% dos pais dizem preocupar-se pela educação financeira dos filhos. Estes estudos indicam que, apesar de todos os sacrifícios que tivemos que ultrapassar, não saímos vencidos e aprendemos a ser mais cautelosos e sustentáveis. Se estiver interessado em poupar mais e melhor, conheça os melhores truques para poupar em casa aqui.